sexta-feira, 1 de março de 2013

PAULISTÃO – Série A1 > GUARANI... CADA DIA UMA MÁ NOTÍCIA.

                A crise instaurada no Guarani parece não ter fim. Desde o ano passado a trajetória do time vem sofrendo golpes atrás golpes que podem culminar em dias muitos mais difíceis do que já é.
                Nessa semana, uma série de fatos agitou o Brinco de Ouro. A semana começou com a declaração do Presidente do Clube, Álvaro Negrão, de que a agremiação estava falida. Tudo por conta das péssimas administrações anteriores e que se agravou muito na administração passada do ex-presidente do Clube, Marcelo Mingone.
                Mas as complicações no bugre começam em 2006, quando Leonel Martins de Oliveira era o presidente da entidade. De cara o time já foi para a série C do Brasileirão. Após muitos problemas, polemicas e administração desastrosa, Leonel foi destituído do cargo em 2011, e quem assumiu o clube foi Marcelo Mingone.
                A administração de Mingone parecia séria, com os salários dos jogadores pagos em dia e o time conquistando o vice-campeonato Paulista em 2012, numa brilhante campanha. Mas depois disso, as nuvens negras voltaram a pairar no clube. Mingone renunciou ao mandato antes do seu término, sem prévio aviso, e o time acabou rebaixado para a série C do Brasileirão no ano passado.
                O atual presidente, Álvaro Negrão assumiu a encrenca toda e tem feito o impossível para manter as contas do clube em dia. Ao assumir o clube, Negrão se deparou com um ‘cofre’ vazio e uma dívida estimada em cerca de R$200 milhões.
Inúmeras ações contra o clube já estavam em execução e não foram pagas, e para piorar, as cotas do Paulistão deste ano foram adiantadas por Miingone, ou penhoradas, e muitos talentos das categorias de base do clube foram negociados. Na tentativa de melhor o desempenho do time em campo,Negrão trocou o treinador Zé Teodoro por Branco, que deu novo ânimo ao elenco bugrino.
                Para manter a casa em ordem e deixa clara aos jogadores a situação atual do clube, nessa semana a diretoria se reuniu a portas fechadas com todo o elenco de jogadores, incluindo as categorias de base, e com a comissão técnica.
Entre outras coisas, a diretoria apresentou a avaliação do time, que vem evoluindo no Paulistão deste ano, falou da crise financeira e apresentou um projeto do clube, que dizem, inclui a venda do Estádio Brinco de Ouro, que aliás poderá mesmo deixar de ser do time, por conta de dívidas trabalhistas, sendo leiloado.
                Outra má notícia da semana foi dispensa do craque Fumagalli, um dos melhores do time em 2012, que poderá voltar para ajudar o clube na disputa da série C do Brasileirão deste ano. O meia foi transferido para o Santa Cruz (PA), da cidade de Cuiarana. Fumagalli não teve como recusar a proposta, que financeiramente é muito vantajosa ao jogador, e ficará três meses fora do Guarani. Na mesma semana, o atacante Tardelli que não estava no time do técnico Branco, pediu dispensa do clube.
                Depois veio as declarações do ex-atacante Clebinho sobre o atraso no pagamento de seus salários e que iria entrar na justiça para receber tudo o que tem direito. Com isso, além do clube ter mais uma ação trabalhista contra si, o clube poderá ser punido pelo regulamento do Paulistão, pois o artigo 21 determina a perda de três pontos por jogo disputado ao clube que não cumpre o pagamento de salários e isso dura até que tudo seja acertado. O caso está sendo avaliado pela Federação Paulista de Futebol.
                Como se não bastasse, o volante Eduardo, talento da base do clube e que foi emprestado para o São Paulo (SP) no segundo semestre do ano passado, estaria ‘desaparecido’, e o responsável por isso poderia ser o ex-presidente Mingone. O empréstimo terminou no final de janeiro deste ano e como o São Paulo não mostrou interesse em contratar o jogador, Eduardo era esperado no Guarani para fazer parte do time que disputa o Paulistão 2013.
                Mas o jogador não se apresentou a time e consta que está sendo negociado por seus empresários, entre eles Marcelo Mingone, com outro clube sem a devida autorização do Guarani. O caso já virou questão judicial, mas o jogador já perdeu a liminar e terá de se reapresentar no clube, que já declarou disposto a tudo para exercer o direito que tem sobre a questão.
                E ainda tem a questão do leilão do Brinco de Ouro que foi contida pelo departamento jurídico do clube, mas não deixou de atormentar o atual presidente que, dizem, tem pago algumas contas com dinheiro do seu bolso. Negrão conseguiu ajuda financeira de empresários, torcedores do time, e outros colaboradores, para pelo menos manter o salário dos jogadores em dia e trazer reforços para o time.
                Para encerrar a semana negra no clube, o Estádio Brinco de Ouro foi interditado pelo Corpo de Bombeiros, pois em vistorias anteriores foram solicitadas algumas obras para evitar a interdição. Como o clube não tem verba para realizar as obras e o prazo já venceu, o jogo entre Guarani e Mogi Mirim, neste domingo, poderá ocorrer de portões fechados, o que onerará mais ainda as contas do clube. O jurídico do clube está tentando inverter a situação.
                Nós do Futebol Paixão, desejamos que a próxima semana seja de soluções, pois o Guarani não merece estar na condição pífia em que se encontra. Ao Presidente Negrão que vem fazendo das tripas coração, desejamos que consiga reverte esse quadro caótico e que possa manter o Estádio Brinco de Ouro da Princesa em posse do Guarani.

Nenhum comentário:

Postar um comentário